BANDEIRA DE MINAS GERAIS
A bandeira de Minas Gerais era um projeto para uma bandeira nacional, de autoria dos inconfidentes mineiros. Contudo, acabou sendo instituída como bandeira oficial do estado de Minas Gerais pela lei estadual nº 2793 de 8 de janeiro de 1963, embora as origens de sua utilização remontem ao século XVIII.
Tal como descrita no artigo 2 da lei 2793/1963, a bandeira é formada por um retângulo com 20 módulos de comprimento por 14 módulos de altura (tal como a bandeira do Brasil), contendo, ao centro, um triângulo equilátero em vermelho com 8 módulos de cada lado; além disso, possui no lado superior esquerdo a palavra "LIBERTAS", no lado superior direito as palavras "QUÆ SERA" e na base a palavra "TAMEN", escritas em tipo romano e com letras de 2/3 de módulo em altura, estando separadas do triângulo por 1/3 do módulo. Assim, formando no conjunto a frase "Libertas quæ sera tamen", que é a divisa da Inconfidência Mineira.
De acordo com Tiradentes, o triângulo central simbolizava a Santíssima Trindade, e, segundo muitos, os ideais pregados pela Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Há controvérsias a respeito da cor original do triângulo, que alguns julgam ser verde originalmente. O vermelho, contudo, acabou sendo adotado como símbolo-mor das revoluções. O triângulo também demonstra a influência da Maçonaria na Inconfidência Mineira, por ser um dos símbolos usados por esta organização.
Em torno do tal triângulo, estava escrito em latim: LIBERTAS QUÆ SERA TAMEN. (muitas vezes traduzido como "Liberdade ainda que tardia"). Tal lema teria sido cunhado pelo inconfidente Alvarenga Peixoto, a partir da mutilação de um verso das Bucólicas do poeta latino Virgílio, nas quais se encontra "Libertas quae sera tamen respexit inertem", que pode ser traduzido por "Liberdade, a qual, embora tarde, (me) viu inerte".